O menino ria pelo buraco que tinha no pescoço. Chutava bolas de soprar.
- Tomara que ele nunca saiba o que foi-lhe a vida até agora.
E tinha um nome desses estranhos e originais. Fazia barulho de cano entupido quando ria. Comove a gente essas coisas. Penso em tampar o buraco do pescoço e ver se ele pára de rir. Mas não pára.
A vida lhe foi até agora rir pelo pescoço daquilo que ele ainda não sabe. E chutar duas bolas de soprar: uma amarela, uma azul.
- Deve estar de saco cheio dessas bolas, disse a velhota.
sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
2 comentários:
tá certo que eu li o buraco colorido. Eu acho que todo mundo ri mesmo pelo buraco, um buraco colorido. Eu acho que quando a gente ri o branco fica colorido. Eu acho.
desejo de buraco.
Postar um comentário